Surge o raio laser
- 16/07/2018
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A realidade mais uma vez alcançou a ficção, quando o físico americano Theodore Maiman inventou o primeiro aparelho emissor de raios laser, em 1960. Trabalhando para a Hughes Aircraft Co., da Califórnia, Maiman usou um pequeno cilindro de rubi sintético, cujas extremidades eram recobertas por uma fina camada de prata. Esse cilindro era alimentado pela energia de uma lâmpada em espiral, de magnésio, até que emitisse um raio vermelho, uma breve pulsação de luz que viria depois ser chamada de laser - em inglês, as iniciais de ampliação da luz pela emissão estimulada da radiação (light amplification by stimulated emission of radiation).
Apesar de previsto por Albert Einstein em 1917, apenas na década de 50 as primeiras experiências bem-sucedidas com micro-ondas levaram à descoberta do maser (sendo o "m" de microwave, micro-onda, em inglês) de amônia pelo americano Charles Townes. Daí para a descoberta de Maiman não demorou muito. Constituindo uma fonte de luz de ondas coerentes, no laser os fótons da mesma dimensão se movem em direção única, com uma dispersão que não ultrapassa uma polegada por quilômetro. A concentração luminosa torna o laser extremamente quente, com a temperatura podendo ultrapassar 30 milhões de graus Celsius, uma intensidade bem superior à do Sol.
Após o rubi, a obtenção do laser passaria a ser feita a partir de outros produtos, como diversos gases, e chegaria aos semicondutores, no laser de maior utilização em termos de volume e que é estimulado por energia elétrica. Muito mais do que uma mudança de letra em relação ao maser, o laser representou uma possibilidade enorme para a indústria, medicina, ciência e muitos outros setores.