Jogos de Tóquio revelam um novo Japão

  • 10/08/2018
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Jogos de Tóquio revelam um novo Japão

Tóquio se candidatava a sede das Olimpíadas desde 1940, mas a Segunda Guerra suspendeu duas edições dos jogos. O de 1964 seria uma excelente oportunidade de apresentar uma nova nação ao mundo. O Japão gastou US$ 3 bilhões, a cidade foi reformada, a população ensinada a sorrir para os turistas e a aplaudir muito cada jogada, numa euforia bem-comportada. Mesmo assim, houve uma sutil provocação: a tocha olímpica chegou ao estádio, em 10 de outubro, pelas mãos de Yoshinori Sakai, atleta nascido em Hiroshima no dia em que a bomba atômica foi lançada pelos Estados Unidos sobre a cidade, 6 de agosto de 1945.

A ginástica se consolidou, encantando o público de todo o mundo que, pela primeira vez, assistia às Olimpíadas ao vivo, via satélite. Outra novidade foi o cronômetro eletrônico. Na guerra fria das medalhas, os EUA levaram 36 de ouro, contra 30 da URSS. O Japão conseguiu 16 e ficou em terceiro. O Brasil levou 68 atletas e voltou com uma medalha de bronze, conquistada pela seleção masculina de basquete.

O nadador americano Dick Roth virou herói. Internado às vésperas da prova, desmarcou a cirurgia urgente, caiu n'água e bateu o recorde mundial nos 400m quatro estilos. Com a medalha no peito, voltou ao hospital e retirou o apêndice.

Furiosa com o quinto lugar no lançamento de dardo, a soviética Elvira Ozolina, campeã em Roma, saiu da pista direto para o cabeleireiro e raspou a cabeça. Depois, vagou pela Vila Olímpica, numa prova de autopunição sem barreira.


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