Lançada a pílula anticoncepcional
- 31/08/2018
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No dia 9 de maio de 1960, a Food and Drug Administration, agência do governo americano responsável pela regulamentação da venda de alimentos e remédios, aprovou a comercialização da pílula anticoncepcional, ou simplesmente "a pílula". Três meses depois, no dia 18 de agosto, as americanas já podiam ir às farmácias comprar o seu passaporte para a liberação sexual: a pílula Enovid, primeira a ser fabricada nos EUA. Em 13 anos, cerca de dez milhões delas tomavam o medicamento, que se notabilizou como o primeiro a ser usado em larga escala no planeta.
A pílula que revolucionaria o comportamento das mulheres foi criação de um homem, o endocrinologista americano Gregory Goodwin Pincus. Impedido de prosseguir com as pesquisas em Harvard, ele e seu colaborador, Hudson Hoagland, fundaram uma instituição própria, a Worcester Foundation for Experimental Biology, financiada por fundos estatais e privados, grande parte destes da indústria farmacêutica. Foi lá que se desenvolveu, acidentalmente, a combinação de estrogênio e progesterona para inibir a ovulação.
As acusações à pílula não foram poucas. As de fundo religioso ficaram restritas a grupos conservadores. As únicas que fazem sentido, hoje, dizem respeito aos efeitos colaterais - a pílula é apontada como principal responsável pelos males coronarianos que atingem as mulheres.
Chegou ao fim do século com doses menores de hormônios - na quarta geração da fórmula. E mantendo-se como o método anticoncepcional preferido das mulheres com menos de 30 anos.