Joãozinho Trinta mudou a história do carnaval do Rio de Janeiro

  • 03/09/2018
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Joãozinho Trinta mudou a história do carnaval do Rio de Janeiro

Filho de operários maranhenses, Joãozinho Trinta veio para o Rio de Janeiro e revolucionou o carnaval. Primeiramente no Salgueiro, onde foi bicampeão (1974 e 1975) e, depois, na Beija-Flor - escola onde consagraria seu estilo marcado pelo luxo nas fantasias e alegorias. Na escola de Nilópolis, chegou ao tricampeonato (1976,1977 e 1978), voltando a conquistar os títulos de 1980 e 1983. Criticado pelo seu exagero, o carnavalesco cunhou, em 1979, a frase-bomba que permanece até hoje, depois de sua morte: “O povo gosta de luxo, quem gosta de miséria é intelectual”.

Dez anos depois, num gesto de ousadia, o carnavalesco levou o lixo para a Avenida Sapucaí num desfile que marcou época, provocando mais polêmica ainda por trazer uma versão mendiga do Cristo Redentor. Por pressão da Arquidiocese do Rio, a alegoria foi coberta no desfile.

Depois da Beija-Flor, o carnavalesco esteve na Viradouro, onde garantiu o único título da escola de Niterói, com um enredo sobre o Big Bang. Na Grande Rio, sua última agremiação, fez pelo menos um desfile marcante, em 2001, quando botou um homem para voar na Marquês de Sapucaí.

Em 11 de julho de 2006, o carnavalesco sofreu um AVC e passou a ter problemas para se locomover. Joãosinho Trinta chegou a passar dificuldades financeiras, tendo morado em um fusca em Brasília até ser socorrido pelo político José Ricardo Marques, que o amparou por cinco anos, quando ele resolveu voltar para o Maranhão.

Joãozinho Trinta morreu em 17 de dezembro de 2011 no Hospital UDI de São Luís, de choque séptico, em consequência de infecção generalizada ocasionada por pneumonia e infecção urinária. No dia 21 de dezembro, a Cidade do Samba, na Região Portuária do Rio, foi batizada com o seu nome.


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