Antropólogos confirmam que o ser humano surgiu na África
- 04/10/2018
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Em 1931, numa das muitas expedições que empreenderam à África, os antropólogos Louis Leakey e sua mulher, Mary, decidiram concentrar suas pesquisas na garganta de Olduvai, na Tanzânia. Foi lá que, em 1959, eles encontraram o crânio fossilizado do Zinjanthropus boisei. Exames revelaram que o crânio era mais de um milhão de anos mais velho do que o mais antigo fóssil encontrado até então.
Leakey entrou para a História como descobridor de algumas importantes evidências sobre as origens da vida humana na Terra. A descoberta do Zinjanthropus rendeu ao casal Leakey, além de fama internacional, financiamento para o prosseguimento de suas escavações em Olduvai. Foi lá que na década seguinte eles acharam ossos e utensílios do Homo habilis, o primeiro hominídeo na cadeia evolutiva a produzir instrumentos de pedra.
Durante décadas, Leakey reivindicou da comunidade científica o reconhecimento de que o fóssil não era apenas mais um espécime do Australopithecus, tido até então como o mais antigo exemplar do ser humano. O casal Leakey sustentava que aquele seu Homo habilis era a etapa imediatamente anterior ao Homo sapiens. Somente em 1969, em Paris, a comunidade científica haveria de reconhecer o mérito dessa descoberta. Em 1º de outubro de 1972, em Londres, ele morreu do coração, aos 69 anos de idade. Dessa data em diante, até morrer, aos 83 anos, em dezembro de 1996, foi Mary quem aprofundou e ampliou as descobertas do casal.
Foi ela, por exemplo, quem encontrou, em 1978, ainda na Tanzânia, as pegadas do ancestral humano chamado Australopithecus afarensis, que já andava ereto há quase quatro milhões de anos.