Niki Lauda, Bicampeão pela Ferrari nos anos 70
- 23/05/2019
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Andreas Nikolaus Lauda (Viena, 22 de fevereiro de 1949 — Zurique, 20 de maio de 2019), mais conhecido como Niki Lauda, foi um automobilista e piloto austríaco. Era proprietário da companhia aérea Niki, e diretor da equipe Mercedes GP de Fórmula 1 ligada à fábrica Mercedes Benz.
Participou do Campeonato Mundial de Fórmula 1 entre 1971 e 1979 e de 1982 a 1985, disputando 177 Grandes Prêmios, obtendo 25 vitórias, 24 pole positions e 24 melhores voltas, totalizando 419,5 pontos. Sagrou-se tricampeão mundial em 1975, 1977 e 1984, e é o único piloto até hoje a ser campeão tanto pela Ferrari quanto pela McLaren. Pilotou para as equipes: March, BRM, Ferrari, Brabham e McLaren.
Niki Lauda iniciou sua carreira no automobilismo em 1968, destacando-se na Fórmula 3 e na Fórmula 2 antes de ingressar na Fórmula 1, levando uma verba pessoal para a então pequena equipe March. Estreou no Grande Prêmio da Áustria, de 1971, abandonando por problemas mecânicos. Disputou a temporada de 1972 como segundo piloto da equipe e em 1973, foi ser piloto da BRM, garantindo seu lugar como piloto pagante, graças ao dinheiro de um empréstimo que fez. Por indicação de Clay Regazzoni, que foi recontratado pela Scuderia Ferrari para a temporada de 1974, assinou seu primeiro contrato como piloto remunerado. Depois de um pódio na estreia pela escuderia italiana (2ª posição na Argentina), venceu seu primeiro Grande Prêmio, na 4ª corrida que disputou com um carro competitivo, em Jarama, na Espanha.
Em 1975, após cinco vitórias (quatro das quais após largar em primeiro lugar), sagrou-se campeão mundial pela primeira vez. Manteve o ritmo competitivo em 1976, mas um acidente em Nürburgring (onde seu carro incendiou-se, e Lauda ficou preso nas ferragens por vários minutos) quase lhe tirou a vida. Um padre chegou a ser chamado ao hospital para lhe dar a extrema unção. Mas apesar de graves queimaduras, que lhe custaram partes da orelha direita, Lauda ainda voltaria a correr naquele ano, e só perderia o título mundial na última corrida, o Grande Prêmio do Japão (estreia no calendário) para o inglês James Hunt. Em 1977 obteve 3 vitórias e recuperou o título mundial.
Ao final daquele ano, abandonaria a Ferrari para juntar-se à Brabham-Alfa Romeo, dirigida por Bernie Ecclestone. A parceria lhe rendeu duas vitórias e cinco pódios em 1978, mas a frequência de quebras lhe deixou fora da disputa pelo título. Em 1979 marcou apenas quatro pontos. Os maus resultados fizeram Lauda direcionar suas atenções para a companhia aérea que acabara de fundar, e assim deixou a Fórmula 1.
Durante o período em que ficou afastado além de administrar sua empresa de aviação, Niki Lauda chegou até a ser comentarista e repórter de Fórmula 1 para um canal de televisão austríaco. Entretanto, Lauda recebeu convite da McLaren para voltar às pistas em 1982. Após duas corridas de readaptação, Lauda venceu no seu novo time, o Grande Prêmio do Oeste em Long Beach e o Grande Prêmio da Grã-Bretanha em Brands Hatch; no seu retorno terminou em 5.° na classificação final. Em 1983, sem condições de acompanhar as equipes com motor Turbo, Lauda pouco pôde fazer no campeonato; nenhuma vitória e apenas dois pódios: 3.° no Grande Prêmio do Brasil em Jacarepaguá e o 2.º no Grande Prêmio do Oeste dos Estados Unidos em Long Beach. Faltando quatro provas para o término, a McLaren iniciava o desenvolvimento com o motor Porsche, financiada pela TAG; o piloto austríaco terminou o ano em 10.º lugar. Para a temporada de 1984, iniciou o ano desacreditado, e seu companheiro de equipe, o francês Alain Prost, era o favorito ao título. Após 5 vitórias (contra 7 de Prost), Lauda seria campeão mundial pela terceira vez com apenas meio ponto de vantagem (Prost marcara apenas metade dos pontos - 4,5 - da vitória do Grande Prêmio de Mônaco,(encerrado prematuramente por causa da chuva). Lauda ia para a defesa do título em 1985, mas sem motivação, obteve apenas 1 vitória e abandonou 12 das 15 provas do ano. Sua última prova na carreira foi o Grande Prêmio da Austrália (estreia no calendário), porém abandonou-a após um acidente no final da reta Brabham. Encerrou sua carreira na categoria em 10º na classificação final.
Lauda permaneceu muitos anos afastado da Fórmula 1, gerenciando sua empresa de aviação, retornando como consultor técnico extraordinário da Ferrari nos anos 1990. Em 2001 foi contratado pela Jaguar para assumir as funções de diretor técnico, mas resultados inexpressivos levaram-no à demissão em 2003.
Em setembro de 2012 foi nomeado presidente não executivo da equipe Mercedes. Participou das negociações que trouxeram Lewis Hamilton para a equipe alemã, no final de 2012.
Lauda faleceu em 20 de maio de 2019, devido a problemas renais. O ex-piloto havia passado por um transplante de pulmão em agosto de 2018 e apesar de uma boa recuperação inicial, seu estado de saúde se deteriorou nos meses seguintes.
DeeynKnOa
14/09/2022
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